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Breve história do tricot

O tricot é uma arte milenar que, ao que tudo indica, teve origem algures no Médio Oriente.
Os exemplares mais antigos, referentes a esta técnica, foram encontrados no Egipto, apresentando já alguma complexidade e coloração da lã.

Quando esta técnica chegou à Europa, teve uma maior expressão nos países nórdicos. Posteriormente, com a revolução industrial, esta prática passou a ser apenas um hobby. No entanto, em alguns países da América do Sul, o tricot e a exploração de lã animal representam um papel muito importante na sua economia.




Z

MATERIAIS E UTENSÍLIOS

Utensílios de Tricot | Fabric Trait

UTENSÍLIOS PARA TRICOT

Para iniciar qualquer projecto de tricot terá que possuir,necessariamente, um par de agulhas de tricot.

Para além do essencial, também necessitará de uma tesoura e de uma fita métrica (indispensável para medir uma amostra, assim como o comprimento da peça tricotada).

Existem muitos outros acessórios que podem auxiliar nesta prática ou até permitir criar determinados efeitos na malha produzida. Entre estes acessórios estão: o fixador de malhas (mantém em suspenso as malhas que não estão a ser tricotadas); o contador de malhas ou de carreiras (permite a contagem das malhas ou carreiras à medida que o trabalho avança); a agulha de lã (com uma ponta arredondada, serve para coser as várias partes de uma peça de tricot); a agulha para entrançados (serve para criar um feitio de trança em relevo); a agulha auxiliar (mantém em suspenso um grupo de malhas enquanto se executa um entrançado); o calibrador de agulhas (permite determinar qual o calibre de uma agulha).

AGULHAS DE TRICOT

Existem três tipos de agulhas de tricot: as agulhas de ponta única (agulhas padrão), as agulhas de ponta dupla e as agulhas circulares (unidas por um cabo). Cada uma destas é aplicada de acordo com o objectivo final. Estas podem ser feitas de variados materiais (madeira, bamboo, fibra de carbono, metal e plástico) e podem apresentar variados calibres e comprimentos.

Aqui fica uma tabela com as conversões de alguns calibres que as agulhas de tricot podem apresentar (nota: podem existir algumas variações na correspondência, conforme a marca das agulhas):

Agulhas de Tricot
SISTEMA MÉTRICO (mm)SISTEMA AMERICANO
(US)
SISTEMA INGLÊS
(UK)
2.00014
2.25113
2.501.5---
2.75212
3.00---11
3.25310
3.504---
3.7559
4.0068
4.5077
5.0086
Agulhas de Tricot (cont.)
SISTEMA MÉTRICO (mm)SISTEMA AMERICANO
(US)
SISTEMA INGLÊS
(UK)
5.5095
6.00104
6.5010.53
7.0010.752
7.50---1
8.00110
9.001300
10.0015000
12.0017---
15.0019---
20.0036---

FIOS DE TRICOT

Assim como as agulhas, também os fios de tricot podem ser de variados materiais (fibras de origem animal, vegetal ou sintéticas e combinações de fibras) e apresentam-se com diferentes espessuras.

Os fios de tricot podem ser comprados tanto na forma de novelo como na forma de meada e, normalmente, vêm acompanhados por um rótulo.

Este rótulo contém as instruções de lavagem, o calibre das agulhas a utilizar, o peso, o comprimento, a composição e um código associado à cor (que depende da marca).

A marca e o código da cor é importante guardar em caso de ser necessário comprar a mesma linha para terminar um trabalho.

Fios de Tricot | Academia Fabric Trait

NOTAS DO TRICOT

NOTA 1

Terminologia do Tricot

Existe uma terminologia associada ao tricot que deverá conhecer antes de iniciar o seu tricot. Este conhecimento vai-lhe permitir interpretar correctamente os esquemas e diagramas que possa querer fazer.

Como existem disponíveis um grande número de esquemas em inglês, aqui ficam alguns termos e abreviaturas que poderá encontrar e a sua correspondência em português.

InglêsPortuguês
altalternatealternar
begbegincomeço/começar
betbetweenentre
BObind offdesmontar as malhas da agulha
CCcontrast colorcor de contraste
cncable needleagulha circular
(ag circ)
COcast onmontar as malhas
decdecreasediminuir (dim)
dpndouble pointed needleagulha de duas pontas (ag 2p)
flfront looplaço frontal
follfollow/followingseguir/seguinte (seg)
incincreaseaumentar (aum)
k ou Kknitmalha de meia (mm)
kwiseknit wisecomo meia (cm)
Lleftesquerdo (esq)
l ou lplooplaço/argola (arg)
LHleft handmão esquerda
(refere-se à mão não dominante)
m1make one stitchfazer uma malha (1m)
MCmain colorcor principal
p ou Ppurlmalha de liga (ml)
pmplace markermarcação
poppopcornborboto
prevpreviousanterior (ant)
pssopass slipped stitch overmalha passada por cima
pwisepurl wisecomo liga (cl)
Rrightdireito (dir)
remremainmanter
reprepeatrepetir/repetição (rep)
revreverseao contrário
InglêsPortuguês
RHright handmão direita
(refere-se à mão dominante)
rowrowcarreira (carr)
skskipsaltar
slslippassar (pas)
ststitchponto
St ststockinette stitchrefere-se ao ponto jersey
tblthrough back looppor trás do laço
tflthrough front looppela frente do laço
togtogetherjuntos
WSwrong sidelado avesso
wyibwith yarn in backcom o fio para trás do trabalho (ftt)
wyifwith yarn in frontcom o fio para a frente do trabalho (fft)
yoyarn overlaçar ou laçada (laç)
yrnyarn around needlefio em torno da agulha (laçado)
yonyarn over needlefio sobre a agulha
[ ]work instructions within brackets as many times as directedas instruções entre parênteses rectos explicam uma técnica ou o processo a fazer num determinado ponto
( )work instructions within parentheses as many times as directedas instruções entre parênteses curvos devem ser repetidas o número de vezes indicado
* *repeat instructions between asterisks as many times as directed or repeat from a given set of instructionsas instruções entre asteriscos devem ser repetidas tantas vezes quantas permitir o número de malhas que estão na agulha da mão não dominante
''inche(s)1'' = 2,54 cm

NOTA 2

Simbologia do Tricot

Para além dos termos, existe também uma simbologia associada ao tricot. No entanto, embora existam muitos esquemas de tricot disponíveis a partir de muitos países, os símbolos do tricot não estão normalizados. Mas, felizmente, muitos deles têm a legenda e é essa que deve seguir se for executar esse trabalho. De qualquer modo, ficam aqui alguns dos símbolos mais encontrados em esquemas de tricot e as respectivas correspondências. Os esquemas devem ser sempre lidos de baixo para cima.

Símbolos
Alguns dos símbolos mais usados no tricot
st1_01_01malha de meia
simbolosTricot__02malha de liga
simbolosTricot__003malha de meia no fio de trás
simbolosTricot__004malha de liga no fio de trás
simbolosTricot__007malha passada como liga com o fio por trás
simbolosTricot__008malha passada como liga com o fio pela frente
simbolosTricot__009laçada
simbolosTricot__35borboto
simbolosTricot__41não tricotar
simbolosTricot2_27malha dupla
simbolosTricot2_17cruzar à direita 2 malhas de meia
simbolosTricot2_23cruzar à esquerda 2 malhas de meia
Símbolos (cont.)
Alguns dos símbolos mais usados no tricot
simbolosTricot__011aumento levantado à direita
simbolosTricot__10aumento levantado à esquerda
simbolosTricot__282 malhas de meia juntas
simbolosTricot__342 malhas de meia juntas por trás
simbolosTricot__402 malhas de liga juntas
simbolosTricot__462 malhas de liga juntas por trás
simbolosTricot__29malha de meia, liga e meia na mesma malha
simbolosTricot__22aumento intercalar invisível
simbolosTricot__006malha alongada simples
simbolosTricot__05malha acavalada simples
simbolosTricot__11malha acavalada dupla
simbolosTricot__47instruções especiais (explicadas à parte)

NOTA 3

Técnica Manual

A forma como irá segurar as suas agulhas e a tensão que irá criar no manuseamento do fio, são importantíssimos para uma boa técnica na arte de tricotar. Mas nada que um pouco de prática não resolva!

Não existe uma forma correcta de segurar as agulhas. Deverá segurá-las no interior das suas mão, conforme lhe for mais cómodo. No entanto, deve manuseá-las com alguma destreza.

A tensão exercida sobre os fios deve ser regular e moderada. Isto é, uma tensão regular fará com que as malhas produzidas apresentem todas a mesma altura, e uma tensão moderada permitirá que as malhas sejam trabalhas com facilidade mas sem ficarem demasiado lassas. Para criar a tensão correcta, terá que entrelaçar o fio à volta dos seus dedos e encontrar a melhor forma que resulta para si.




N

BÁSICO DO TRICOT

Existem dezenas de pontos de tricot que poderá aprender e explorar mas não sem antes conhecer alguns passos básicos para poder pôr o seu tricot em marcha.

NÓ DAS MALHAS (CORREDIO)

Quando requerido, este nó representa o primeiro ponto da cadeia de pontos que irá trabalhar na sua agulha. Poderá fazer este nó com a ajuda de uma agulha ou, simplesmente, com as mãos.

Nota: dependendo do trabalho que estiver a executar, poderá ser necessário deixar um comprimento de fio razoável. De qualquer modo deve deixar sempre alguns centímetros de fio no começo do seu trabalho (cerca de uns 15 cm).

MONTAR AS MALHAS

Na montagem das malhas você irá construir a primeira fileira de malhas na sua agulha. Para executar esta etapa, existem vários métodos diferentes que resultam, também eles, em diferentes efeitos visuais. Aqui ficam dois métodos diferentes de o fazer: a montagem simples (método do polegar) e a montagem à italiana (montagem dupla).

MONTAGEM SIMPLES

Neste método utiliza-se apenas uma agulha e requer um nó corredio. As malhas são montadas na agulha logo após o nó, usando apenas o fio que vem do novelo para o fazer.

MONTAGEM À ITALIANA (OU DUPLA)

Neste método, tal como o anterior, também se utiliza apenas uma agulha e também requer um nó corredio. Como diferença do anterior, as malhas são montadas na agulha logo após o nó mas são necessários o fio que vem do novelo e a ponta do novelo para o fazer. Portanto, quando fizer o nó corredio deverá deixar ficar o comprimento necessário para fazer o número de malhas que pretende montar na sua agulha e mais alguns centímetros para depois poder rematar o fio e não ficar à justa.

MALHA DE MEIA

A malha de meia (revesilho) é uma das duas malhas elementares do tricot. Como característica, esta malha é sempre feita enfiando a agulha pela “parte de trás da argola” da primeira malha que se encontra na agulha contrária. Para além disso, depois do passo anterior, as agulhas vão se cruzar em forma de “X”, ficando a agulha da mão dominante (a que está vazia) pela parte de trás desse “X”.

A tensão do fio deve ser gerida pela parte de trás do trabalho, pela mão que lhe der mais jeito (a mão que lhe permitir fazer o seu trabalho de forma mais cómoda e uniforme).

MALHA DE LIGA

A malha de liga é corresponde à outra malha elementar do tricot. Como característica, esta malha é sempre feita enfiando a agulha pela “parte da frente da argola” da primeira malha que se encontra na agulha contrária. Para além disso, depois do passo anterior, as agulhas vão se cruzar em forma de “X”, ficando a agulha da mão dominante (a que está vazia) pela parte da frente desse “X”.

A tensão do fio deve ser gerida pela parte da frente do trabalho, pela mão que lhe der mais jeito (a mão que lhe permitir fazer o seu trabalho de forma mais cómoda e uniforme).

PONTOS DO TRICOT

Existem dezenas de pontos de tricot, que resultam da combinação tricotada entre malhas de meia e malhas de liga (basicamente, pode dizer-se que variam entre estas duas técnicas, a posição do fio relativamente ao trabalho e à posição das malhas). Três dos pontos base do tricot são: o ponto mousse (ou de jarreteira), o ponto de jersey e o ponto canelado.

PONTO DE MOUSSE

O ponto mousse representa o ponto mais simples do tricot. Depois de tricotado, resulta numa superfície ondulada mas regular e com alguma elasticidade. A sua aparência é idêntica em ambos os lados do trabalho.

Número de malhas: qualquer número.

Nota: se fizer todas as carreiras com malha de liga obterá um resultado idêntico.

PONTO DE JERSEY

Este ponto é muito utilizado na confecção de vestuário. É um dos pontos mais usados no tricot e resulta da alternância das malhas de meia e de liga em todas as carreiras. O ponto jersey apresenta uma superfície lisa (geralmente considerada como o lado certo do trabalho) e uma superfície ondulada.

Número de malhas: qualquer número.

PONTO CANELADO

O ponto canelado é frequentemente utilizado para fazer coses, de golas e punhos ou cercaduras, mas também pode compor uma peça inteira de tricot. Este ponto forma linhas verticais em alto relevo em ambos os lados do trabalho tricotado e apresenta uma grande elasticidade.

Número de malhas: canelado 1/1 = múltiplos de 2 / canelado 2/2 = múltiplos de 4.

Nota: tenha em atenção que, na carreira seguinte (quando voltar seu trabalho), terá que fazer coincidir as malhas tricotadas anteriormenteOu seja, no lado avesso tem que tricotar como liga as malhas que se apresentam como liga e tricotar como meia as malhas que se apresentam como liga.

DESMONTAR AS MALHAS

De uma agulha passa para a outra, da outra passa para outra… e chega um momento em que nos queremos livrar das agulhas e terminar o nosso trabalho!

Para isso, e assim como existem variadas formas de montar as malhas na agulha, existem variadas formas de desmontar as malhas da agulha e finalizar o seu projecto.

REMATE SIMPLES

O remate simples é, como o nome indica, a forma mais simples de rematar a sua peça de tricot. Este tipo de remate, resulta numa orla bastante firme.

Após terminar qualquer peça, fixe cuidadosamente o fio para o seu trabalho não se desfazer.

O que tem que fazer é cortar uns centímetros de fio e puxá-lo pelo interior da última malha. Depois de ter puxado o fio, tente dar um nó nesta última malha (para isso pode também recorrer a uma agulha de tapeçaria, se lhe der mais jeito).

Depois de garantir que o trabalho não se vai desfazer, disfarce o fio pelo interior da margem lateral do seu trabalho com a ajuda de uma agulha de tapeçaria (com ponta arredondada).

L

OUTRAS TÉCNICAS

ENTRANÇADOS

As famosas “tranças” ou “cordas” das camisolas de inverno correspondem a um tipo de ponto fantasia, muito apreciado no tricot.

Normalmente, o que acontece é a troca de posição de quatro ou mais malhas, que ficam “suspensas” numa agulha auxiliar, de duas pontas ou para entrançados.

Esta troca de posição das malhas fará com que se crie um alto relevo na peça tricotada (mais visível se as malhas forem trabalhadas como malha de meia sobre um fundo de malha de liga), dando o desejado efeito de um entrançado.

TORCIDO SIMPLES (INCLINADO À DIREITA)

O ponto exemplificado resulta da torção, à direita, de seis malhas.

Se as malhas transferidas para a agulha auxiliar ficarem pela parte da frente do trabalho, a torção produz-se para a esquerda.

Esta troca de posição das malhas terá lugar a cada quatro, seis, oito ou mais carreiras, conforme seja o seu desejo de que estas apareçam muito ou pouco torcidas.

TRICOTAR COM CORES

No tricot, é possível trabalhar com vários fios de cores diferentes (jacquard) e criar inúmeros motivos e efeitos.

Para tricotar uma peça com cores diferentes, existem métodos diferentes, uns mais complexos que outros, que variam conforme a exigência do motivo escolhido.

QUANDO A COR NÃO SE ALTERA AO LONGA DA MESMA CARREIRA

Quando o motivo se repete em toda a largura da peça, como é o caso das riscas horizontais, faz-se uma alternância das cores escolhidas pela margem lateral, no final da última carreira de cada cor.

– Se a cores escolhidas corresponderem a cinco ou menos carreiras consecutivas

Neste caso, os fios não precisam de ser cortados e podem alternar-se as cores pela da margem lateral da peça.

– Se a cores escolhidas corresponderem a mais do que cinco ou menos carreiras consecutivas

Neste caso, os fios terão que ser cortados no final da última carreira de cada cor (deixando sempre um comprimento razoável para poder ser disfarçado pela margem lateral e evitar que se desfie) e é necessário voltar a ligar os novelos à peça, quando a cor voltar a ser requerida.

QUANDO A COR SE ALTERA AO LONGA DA MESMA CARREIRA

Por vezes os motivos escolhidos exigem que se façam mudanças de cor na mesma carreira. Quando assim é, existem três formas diferentes de o fazer que se aplicam de acordo com esse mesmo motivo.

– Se as cores se alteram uma vez na mesma carreira

Estes motivos são geralmente trabalhos em ponto de jersey e as mudanças de cor fazem-se na carreira de liga, cruzando os fios das duas cores diferentes, de forma a que não se formem orifícios na sua peça de tricot.

– Se as cores se alteram frequentemente na mesma carreira – com espaços inferiores a 5 malhas

Nestes casos, o método escolhido é o do fio estendido sobre o avesso. Enquanto tricota uma cor, o fio que não está a ser utilizado vai ficando estendido pela parte de trás do trabalho. Este fio deve ficar um pouco lasso, de modo a que as malhas não fiquem repuxadas.

Pode executar este método usando as duas mãos: enquanto uma tricota, a outra estende o fio.

– Se as cores se alteram frequentemente na mesma carreira – com espaços superiores a 5 malhas

Nestes casos, o método escolhido é o do fio tecido pelo avesso. Esta técnica entrelaça nas malhas o fio que não está a ser trabalhado. Este fio é conduzido alternadamente por cima e por baixo das malhas.

Caso o motivo tenha espaços inferiores a cinco malhas e outros superiores a cinco malhas, podem se empregar estes dois últimos métodos combinados.

Pode executar este método usando as duas mãos: enquanto uma tricota, a outra vai entrelaçando o fio entre as malhas.




?

PROJECTOS DE TRICOT

Breve história do crochet

Não existem muitas certezas quanto às origens do crochet. No entanto, existem fortes indícios que esta técnica artesanal tenha surgido no continente asiático. O crochet chegou à Europa através das rotas comerciais com o Oriente e teve maior expressão a partir do século XVII. Supõe-se que a palavra “crochet” tenha tido origem na palavra francesa medieval croké (instrumento de ferro em forma de gancho).
Actualmente, é um tipo de artesanato praticado mundialmente e é aplicado para fazer as mais variadas peças, desde a decoração ao vestuário.




MATERAIS E UTENSÍLIOS

Utensílios de Crochet | Academia Fabric Trait

UTENSÍLIOS PARA CROCHET

Para iniciar qualquer projecto de crochet terá que possuir, necessariamente, uma  agulha de crochet.

Para além do essencial, também necessitará de uma tesoura e de uma fita métrica (indispensável para medir uma amostra, assim como o comprimento da peça de crochet).

Existem outros acessórios que podem auxiliar nesta prática. Entre estes acessórios estão: a agulha de cerzir (para coser e juntar peças de crochet); os marcadores de pontos (utensílios que servem para marcar um determinado ponto); o calibrador de agulhas (permite determinar qual o calibre de uma agulha).

AGULHAS DE CROCHET

Tipicamente, as agulhas de crochet possuem uma ponta única na forma de um gancho (agulhas standard), mas existem também agulhas de crochet de ponta dupla e circulares. Normalmente, as agulhas mais finas servem para trabalhar com fios mais finos e executar um crochet mais delicado, parecido com renda, e as agulhas mais grossas são normalmente utilizadas para fazer peças de vestuário. Estas podem ser feitas de variados materiais (madeira, bamboo, metal e plástico) e podem apresentar variados calibres e comprimentos.

Os calibres das agulhas de crochet não têm a mesma classificação em todo o mundo. Aqui fica uma tabela com alguns dos calibres que as agulhas de crochet podem apresentar e as respectivas conversões para o sistema americano:

Agulhas de Crochet
SISTEMA MÉTRICO (mm)SISTEMA AMERICANO (US)
0.5018
0.6016
0.7514
1.0012
1.2510
1.508
1.756
------
2.00A
2.50B
3.00C
3.25D
3.50E
Agulhas de Crochet (cont.)
SISTEMA MÉTRICO (mm)SISTEMA AMERICANO (US)
3.75---
4.00F
4.50G
5.00H
5.50I
6.00J
7.00K
8.00L
9.00M
10.00N
12.00O
15.00P
20.00S

FIOS DE CROCHET

Assim como as agulhas, também os fios de crochet podem ser de variados materiais (fibras de origem animal, vegetal ou sintéticas e combinações de fibras) e apresentam-se com diferentes espessuras e cores.

Os fios de crochet podem ser comprados tanto na forma de novelo como na forma de meada e, normalmente, vêm acompanhados por um rótulo.

Este rótulo contém as instruções de lavagem, o calibre das agulhas a utilizar, o peso, o comprimento, a composição e um código associado à cor (que depende da marca).

O código da cor é importante guardar em caso de ser necessário comprar a mesma linha para terminar ou reparar um trabalho.

Fios de Crochet | Academia Fabric Trait




 NOTAS DO CROCHET

NOTA 1

Terminologia do Crochet

Antes de iniciar o seu crochet, é importante familiarizar-se com alguma da terminologia associada a esta técnica. Este conhecimento vai-lhe permitir interpretar correctamente os esquemas e diagramas que possa querer fazer.

Como existem disponíveis um grande número de esquemas em inglês, aqui ficam alguns termos que poderá encontrar e a sua correspondência em português.

Inglês (uk)Inglês (us)Português
chchaincordão
decdecreasediminuir
dcdouble crochetsingle crochet (sc)ponto baixo (pb)
dtrdouble treble crochettreble crochet (tr)ponto alto duplo (pad)
htrhalf treble crochethalf double crochet (hdc)ponto médio alto (pma)
incincreaseaumentar
picpicotborboto
spspaceespaço
ssslip stichponto raso (pr)
(ou meio ponto)
st(s)stich(es)pontos
trtreble crochetdouble crochet (dc)ponto alto (pa)
trtrtriple treble crochetdouble treble crochet (dtr)ponto alto triplo (pat)
yrhyarn round hooklaçada na agulha
( )round brackets indicate a group of stitches to be worked together into a stitchentre parênteses - indica o grupo de pontos a serem trabalhados juntos no mesmo ponto
[ ]square brackets enclose a group of stitches to be worked the number of times stated after the bracketsentre parênteses rectos - encerra um conjunto de pontos a serem trabalhados o número de vezes indicado logo a seguir aos parênteses rectos
''inches1 inch = 2,54 cm

NOTA 2

Simbologia do Crochet

Para além dos termos do crochet existem também os símbolos. A forma de executar cada ponto do crochet é universal assim, quando for capaz de reproduzir cada um dos pontos do crochet, poderá interpretar qualquer esquema, independentemente da sua língua de origem.

Símbolos
Alguns dos símbolos mais usados no crochet
Dicas de Bordado 23 |cordão
Dicas de Bordado 24 |ponto raso
Dicas de Bordado 25 | Ou Dicas de Bordado 26 |ponto baixo
Dicas de Bordado 27 |ponto médio alto
Dicas de Bordado 28 |ponto alto
Dicas de Bordado 29 |ponto alto duplo
Dicas de Bordado 30 |ponto alto triplo
Dicas de Bordado 31 |borboto
Dicas de Bordado 32 |trabalhar apenas pela parte de trás da laçada
Dicas de Bordado 33 |trabalhar apenas pela parte da frente da laçada
Dicas de Bordado 34 |indica o tipo de ponto a fazer em relevo, pela parte da frente
Dicas de Bordado 35 |indica o tipo de ponto a fazer em relevo, pela parte de trás
Dicas de Bordado 36 |direção do trabalho
Dicas de Bordado 37 |começar aqui
Dicas de Bordado 38 |rematar aqui
Símbolos (cont.)
Alguns dos símbolos mais usados no crochet

Aumentar

Sempre que aparecer um símbolo em forma de V
Dicas de Bordado 39 |fazer um determinado número e tipos de pontos no mesmo ponto

Diminuir

Sempre que aparecer um símbolo em forma de "V" invertido
Dicas de Bordado 40 |fechar um determinado número e tipos de pontos juntos

Agrupar

Sempre que aparecer um símbolo em forma de concha
Dicas de Bordado 41 |agrupar um determinado número e tipos de pontos juntos

NOTA 3

Técnica Manual

Antes de começar, tome nota que é importante segurar bem a agulha e o fio.

A agulha poderá segurar tanto como uma faca ou como um lápis, conforme lhe parecer mais confortável.

O fio, deverá posicioná-lo entre os dedos da mão contrária à agulha, controlando a sua tensão que não deverá ser nem excessiva nem diminuta, apenas a necessária (terá que encontrar o “meio termo” pois se for excessiva os pontos irão ficar muito apertados e não será fácil trabalhar com a agulha e se for reduzida irá ficar com espaços abertos no seu trabalho).

BÁSICO DO CROCHET

O crochet é uma técnica muito versátil. Conheça aqui algumas instruções básicas para poder pôr o seu crochet em marcha.

NÓ DO CORDÃO

O nó do cordão representa o primeiro laço da cadeia de laços que irá trabalhar com a sua agulha. Poderá fazer este nó com a ajuda de uma agulha ou, simplesmente, com as mãos.

CORDÃO OU CADEIA

O cordão de crochet corresponde à fundação base do seu trabalho e este determinará o seu comprimento.

PONTOS DO CROCHET

Os pontos base do crochet são os pontos: raso, baixo, meio alto, alto, alto duplo e alto triplo. Aquilo que os distingue visualmente é a sua “altura”.

Vamos tentar fazer um de cada vez!

Antes de mais, e seja qual for o ponto que irá fazer, comece por fazer o cordão do comprimento que deseja.

Se estiver a contar o número de laços que está a fazer para construir um determinado esquema, não se esqueça de contar com os laços extra que terá que trabalhar para fazer “crescer” o primeiro ponto e começar uma carreira.

Notas Importantes:

1. o laço onde está inserida a agulha, nunca é contabilizado como parte da montagem do cordão;

2. a agulha deve ser sempre inserida no cordão pela parte da frente deste;

3. no fim de construir qualquer ponto de crochet, deve apenas restar um único laço na agulha.

MEIO PONTO (OU PONTO RASO)

Este ponto é o ponto mais simples do crochet. Consiste apenas em laçar o fio na agulha e fazê-lo passar pelo interior de dois laços, numa intenção de os unir.

PONTO BAIXO

O ponto baixo é o ponto mais “curto” do crochet.

Nota: não é necessário laçar o fio na agulha antes de começar a executar o ponto.

PONTO MÉDIO ALTO

O ponto médio alto é, como o nome indica, um ponto intermédio entre o ponto alto e o ponto baixo.

Nota: é necessário laçar o fio na agulha, uma vez, antes de executar o ponto.

PONTO ALTO

O ponto alto é mais “alto” que o ponto anterior.

Nota: é necessário laçar o fio na agulha, uma vez, antes de executar o ponto.

PONTO ALTO DUPLO

O ponto alto duplo é mais “alto” que o ponto anterior.

Nota: é necessário laçar o fio na agulha, duas vezes, antes de executar o ponto.

PONTO ALTO TRIPLO

Consequentemente, o ponto alto triplo é mais “alto” que o ponto anterior.

Nota: é necessário laçar o fio na agulha, três vezes, antes de executar o ponto.

CROCHET CIRCULAR

O crochet pode também ser trabalhado de forma circular. Aqui ficam duas formas de o fazer: por um círculo em fio (círculo mágico) ou por um círculo em cordão.

CÍRCULO EM FIO (CÍRCULO MÁGICO)

Este círculo é feito a partir de um laço de fio. O círculo em fio torna possível ajustar melhor os pontos trabalhados, puxando a ponta do laço.

Nota: logo que possa, disfarce alguns centímetros do fio que corresponde à ponta do novelo, pela parte de trás do seu trabalho e pelo interior dos pontos. Para isso pode usar a sua agulha de crochet ou então recorrer a uma agulha de cerzir. Corte o excedente.

CÍRCULO EM CORDÃO

Já o  círculo em cordão é menos flexível. Neste caso, em vez de fazer crescer a carreira de pontos em torno de um laço de fio, é feito um cordão de crochet, fechado, e a carreira de pontos cresce sobre este círculo bem definido.

Nota: lembre-se que quanto maior for o cordão, mais pontos poderá fazer no mesmo mas o “buraco” resultante no centro do círculo será maior.

Nota: vá disfarçando alguns centímetros do fio da ponta do cordão pela parte de trás do seu trabalho, à medida que for executando os pontos (assim não terá que o fazer mais tarde). Corte o excedente.

REMATE

Após terminar qualquer peça, fixe cuidadosamente o fio para o seu trabalho não se desfazer.

O que tem que fazer é, ainda com a agulha enfiada no último laço, cortar uns centímetros de fio e puxá-lo pelo interior desse mesmo laço. Depois de ter puxado o fio tente dar um nó neste último laço (para isso pode também recorrer a uma agulha de cerzir, se lhe der mais jeito).

Depois de garantir que o trabalho não se vai desfazer, disfarce o fio que cortou pelo interior da margem do seu trabalho. Pode executar este passo com a sua agulha de crochet ou então recorrer a uma agulha de cerzir (com ponta arredondada).

OUTRAS TÉCNICAS

CROCHET TUNISINO

O crochet tunisino é uma forma de fazer crochet que se aproxima do tricot. Como particularidade, este tipo de crochet é feito com agulhas mais alongadas que as tradicionais e isto deve-se ao facto da construção do tecido se manter na agulha, tal como no tricot.

Outra particularidade do crochet tunisino é o facto de nunca se virar o trabalho no final de cada carreira (ao contrário do crochet tradicional). A peça que estiver a fazer, ficará sempre com o lado certo virado para si.

CROCHET TUNISINO SIMPLES

No final, obterá uma peça com uma textura bastante densa e maleável.

Existe uma grande variedade de pontos associados ao crochet tunisino, que variam conforme vai alterando o sítio da cadeia onde introduz a agulha e da forma como mantém o fio que está a ser trabalhado. Este tipo crochet também pode ser trabalhado de forma circular.

Nota: o crochet tunisino tem tendência a enrolar-se nas extremidades. Numa tentativa de corrigir isto, pode humedecer ligeiramente a zona e, com os dedos, tente desenrolar o tecido, esticando-o.

CROCHET DE TAPEÇARIA

O crochet de tapeçaria é uma técnica a partir da qual é possível criar motivos no crochet e formar uma peça única (isto é, uma peça inteira que não foi cosida a partir de uma ou mais peças de crochet).

Para tal, os fios de cores diferentes irão passar para a parte da frente e de trás do trabalho, conforme o motivo escolhido.

Os fios que não estão a ser utilizadas irão ficar “aprisionados” por dentro dos pontos que vão sendo executados.

Existem várias formas de criar tapeçaria de crochet mas o ponto baixo é um dos pontos mais utilizados nesta técnica.

No final, obterá uma peça com uma textura bastante densa e pesada.

Para além do ponto baixo, também poderá fazer este tipo de crochet com o ponto médio alto ou o ponto alto (o que acontece é que quanto mais “alto” for o ponto, mais difícil se torna disfarçar os fios que não estão a ser trabalhados pelo interior dos pontos executados).




Breve história da costura

A costura nasce da necessidade primordial de nos protegermos das adversidades impostas pela natureza.

Evidências históricas indicam que a prática de costurar tenha tido origem no Paleolítico, com utensílios rudimentares e fibras naturais.

Com o passar dos tempos, não eram apenas as peles de animais que eram cosidas para criar vestes; o Homem aprendeu a tecer os seus próprios tecidos e com eles revolucionou a história da costura. Com os tecidos desenvolveram-se também o utensílios para costurar, que são inúmeros e que permitem as mais variadas formas de o fazer.

Com a revolução industrial, grande parte da costura manual foi substituída pela costura à máquina.

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MATERIAIS E UTENSÍLIOS

Dicas de Bordado 88 |

UTENSÍLIOS DE COSTURA

A prática da costura pode envolver apenas um utensílio (a agulha) ou vários. Estes podem dividir-se em utensílios de: de marcação, de corte e de costura (propriamente dita).

Comece por marcar os seus tecidos. Para isso poderá precisar de uma fita métrica; de papel químico de costureira; de um rolete; de giz de alfaiate (azul para tecidos claros e branco para tecidos escuros); de uma régua, de um esquadro ou de um transferidor.

Seguidamente, proceda ao corte dos tecidos. As tesouras de costura (desenhada para cortar tecidos) são normalmente caras mas se forem bem cuidadas poderão durar muito tempo. Para isso, não corte cortar papel com elas (para isso use uma tesoura de papelaria) e evite deixá-las cair ao chão. Muito úteis são também as  tesouras de entalhe que por possuírem uma lâmina dentada, o seu corte evita que o tecido se desfie.

Como utensílios de costura temos: as agulhas (de variados tamanhos e espessuras que devem ser escolhidas em função da sua utilização); os alfinetes (de aço inoxidável ou niquelados, a sua espessura deve ser escolhida em função dos tecidos a fim de não danificar a sua estrutura); o dedal (existem com tamanhos diferentes por forma a se adaptarem ao seu dedo médio, da mão que segura a agulha, e facilitarem a costura sem se magoar).

Os utensílios para engomar são também de extrema importância neste tipo de actividade manual, principalmente na confecção.

TECIDOS E FIOS

Os fios deve ser escolhidos de acordo com o peso do tecido que pretende costurar. Assim, para tecidos leves poderá usar fios mais delicados como os de seda e para tecidos mais pesados deverá optar por fios de ou com poliéster. Os alinhavos devem ser cosidos com fio de alinhavo pois como é um fio pouco torcido permite que se rompa com facilidade para deixar apenas a costura definitiva.

Assim:

  • para tecidos de fibras naturais (ex: algodão, seda, linho) – usar fios de algodão ou de seda
  • para tecidos de – usar fios de seda ou de nylon
  • para tecidos sintéticos finos ou médios – usar fios de algodão ou de nylon
  • para tecidos sintéticos pesados – usar fios de poliéster ou de uma mistura de poliéster/algodão.
Dicas de Bordado 89 |

NOTAS DA COSTURA

NOTA 1

Agulhas de Máquina

As agulhas para a máquina de costura devem ser escolhidas de acordo com o tecido que quer coser. A espessura e o tipo terá que se adequar à estrutura do tecido. Já o comprimento do ponto tem que ver com o peso do tecido; normalmente, quanto mais leve for o tecido mais curtos devem ser os pontos.

Para além das agulhas padrão, existem também agulhas duplas e triplas, para criar determinados efeitos e reforços.

Na tabela seguinte encontram-se alguns exemplos das correspondências entre os tecidos, as agulhas e os pontos.

Peso
do tecido
Tipo de tecido
(exemplos)
Tipo
de agulha

da agulha
Comprimento do ponto
(mm)
Leve (macio)chiffon/organza/crepe/tuleponta universal - tecidos
ponta arredondada - malhas
70 (9) - 80 (11)1 - 1.5
Leve (rugoso)cambraia fina/fustão/voile/organdi/bordado inglês/redesponta universal - tecidos
ponta arredondada - malhas
80 (11)1 - 1.5
Médio (macio)veludo fino/belbutina/seda/bombazinaponta universal - tecidos
ponta arredondada - malhas
80 (11) - 90 (14)1.5 - 2
Médio (rugoso)tafetá/ popelina/ linho/ sarja fina/ tweed finoponta universal - tecidos
ponta arredondada - malhas
80 (11) - 90 (14)1.5 - 2
Pesado (macio)veludo/ bombazina larga/ pano turco/ponta universal - tecidos
ponta arredondada - malhas
90 (14) - 100 (16)2 - 2.5
Pesado (rugoso)serapilheira/ lona/ tweeds/ denimponta universal - tecidos
ponta arredondada - malhas
ponta aguçada -denim
100 (16) -110 (18)2.5 - 3
Couro e Vinílicospelica/ verniz/ camurça/ couro e imitaçõesponta em facetada80 (11) - 90 (14)2.5 - 3

NOTA 2

Símbolos dos Moldes

Os moldes, normalmente, apresentam algumas linhas e símbolos que permitem desenhar a peça que quer fazer no tecido. São como guias de trabalho.

Alguns moldes são também multi-tamanhos, pois permitem adequar as suas medidas à medida do molde que seja mais próxima. Neste caso, o molde deverá apresentar-se com algumas linhas que se repetem junto à margens do mesmo.

(Veja mais sobre moldes no Básico da Costura).

Símbolos
Alguns dos símbolos mais comuns em moldes
simb_col_um_1linha de corte
(situa-se na margem exterior do molde)
linhas_de_corte_multi_medidaslinhas de corte multi-medidas
(indicam que tamanhos podem ser cortados)
simb_col_um_2sentido do fio do tecido
simb_col_um_10linha onde se situa a dobra
simb_col_um_12linhas de modificações
(indica onde o molde pode ser aumentado ou encurtado)
simb_col_um_14linha de costura
(situa-se junto da linha de corte)
simb_col_um_16margem da costura
simb_col_um_18margem da bainha
simb_col_dois_03casa para botão
simb_col_dois_18posição do botão
simb_col_dois_11combinação da casa e do botão
simb_col_dois_24posição do colchete de mola
simb_col_tres_58posição do fecho éclaire
Símbolos
Alguns dos símbolos mais comuns em moldes
simb_col_dois_30pinça
simb_col_dois_36prega
simb_col_dois_42barra que leva o cordão ou fita por dentro
simb_col_dois_47proeminência do peito ou dos quadris
simb_col_tres_03marcas que devem ficar bem vincadas no tecido através do molde (indicam pontos de união ou algum detalhe específico)
simb_col_tres_033simb_col_tres_34simb_col_tres_44pontos de junção rigorosa das peças

NOTA 3

Passar-a-Ferro

A tarefa de passar-a-ferro entre costuras é muito importante na confecção. Trata-se de mais uma etapa da própria confecção em si, e por esse motivo não deve ser omitida para que a sua peça fique perfeita.

Existem muitos utensílios que ajudam a facilitar esta tarefa e outras que pode ser você a criar como, por exemplo, a almofada para passar colarinhos.

Quando estiver a passar as peças inacabadas, não se esqueça de retirar todos os alfinetes porque estes podem danificar o ferro ou o tecido.

N

BÁSICO DA COSTURA

MEDIDAS & MOLDES

Existem moldes para criar as mais variadas peças. Na confecção de roupa, os moldes correspondem a um conjunto de medidas padrão que se agrupam formando um determinado tamanho de molde. Pode comprar um molde com o número que corresponde às suas medidas ou pode você mesma criar os seus próprios moldes com as suas medidas.

Mas antes de comprar ou de fazer os moldes, é necessário tirar as medidas antes.

TIRAR AS MEDIDAS

Para que as medições sejam mais rigorosas, é preferível que esteja descalça, em roupa íntima e que tenha o auxílio de outra pessoa.

Na confecção de roupa que lhe assente bem necessita das seguintes medidas, que deverá tirar com uma fita métrica e apontar num papel.

NOTA: O perímetro do peito não está incluído nas medidas que acompanham os moldes. No entanto, sempre que se verificar uma diferença de 5cm ou mais entre os perímetros do peito e do busto, deve guiar-se preferencialmente pela medida do peito como mais exacta.

COMPRAR UM MOLDE

Existem tabelas de correspondência de tamanhos para que possa guiar por elas e perceber qual o número que corresponde às suas medidas. Se as medidas não corresponderem exactamente a nenhum dos tamanhos, escolha aquele que exigirá menos modificações básicas.

NOTA: tenha em atenção que o seu tamanho de molde pode não corresponder ao mesmo tamanho que habitualmente compra na loja!

Para além dos tamanhos, os moldes à venda no mercado também podem trazer consigo outras informações importantes para a confecção de uma determinada peça. Por exemplo: a quantidade (em metros) de tecido que irá necessitar (correspondente às suas medidas); a largura do tecido e a direcção do fio ou a forma como deverá dispor os moldes sobre o tecido.

FAZER UM MOLDE

Dependendo da complexidade da peça, a tarefa de fazer um molde poder ser um trabalho mais difícil. Quanto maior for a prática de costura, mais desenvolta se torna a capacidade de idealizar uma peça e construir os seus moldes.

Comece por praticar fazendo um molde que usará como referência. Para isso terá que tirar as medidas necessárias à criação da peça e terá que fazer algumas provas com as peças alinhavadas apenas. Depois de provar e ajustar o que for necessário poderá, a partir daí, desenhar o molde em papel grosso e usar esse mesmo molde como referência para as suas peças futuras.

MARCAÇÃO & CORTE

Um dos aspectos mais importantes da marcação é a leitura da direcção dos fios ou do pêlo e/ou do estampado, do tecido que possui e quer trabalhar. Este factor ditará a forma como o tecido “cairá” depois terminada a peça. Tenha sempre este aspecto em atenção antes de marcar e cortar o seu tecido.

MARCAÇÃO DIRECTA

Com o tecido bem esticado, e de preferência preso, trace as figuras pretendidas com a ajuda de instrumentos geométricos (régua, esquadro…). Marque com giz branco os tecidos escuros e com giz azul os tecidos claros, no ado avesso do tecido.

Se marcar uma forma directamente no seu tecido, não se esqueça de adicionar as margens de costura às suas medidas. Por exemplo, se quiser marcar dois quadrados de 40×40 cm para fazer uma almofada, terá que adicionar uma pequena margem em torno desses mesmos quadrados, para posteriormente coser pela marcação mais interna.

MARCAÇÃO COM MOLDE

Se possuir um molde para criar uma determinada peça terá que dispor as partes que constituem o molde sobre o tecido que possui. A forma como as irá dispor não deverá ser aleatória, existe uma ordem que deverá seguir.

Sobre o tecido dobrado e no seu lado avesso, fixe as diferentes partes do molde no tecido com a ajuda de alfinetes, tendo sempre em atenção a direcção do fio do tecido/ do pêlo do tecido ou do estampado do tecido, conforme o caso. Fixe os alfinetes sobre as partes do molde, posicionando-os em diagonal, paralelamente à linha de corte.

CORTE DO TECIDO

Antes de cortar o seu tecido, verifique se todos os passos foram cumpridos:

  • se estão dispostas sobre o tecido todas as partes do molde;
  • se a posição das partes do molde respeita  o sentido do fio do tecido/ ou o pêlo/ ou dos motivos de um estampado;
  • se o tecido está bem esticado e não existe nenhuma dobra ou vinco sobre as partes do molde;
  • se colocou o lado correcto das partes do molde sobre a linha de dobra (caso o tecido esteja dobrado) e se essa mesma dobra está bem feita;
  • se todo o tecido está sobre uma superfície plana e se a tesoura que possui está em condições de fazer um corte preciso.

Depois de verificar se reúne todas as condições para proceder ao corte já poderá cortar todas as partes do molde.

De seguida, com as partes do molde já cortadas, transfira todas as marcações necessárias para o tecido.

NOTA: se utilizar um rolete para fazer as marcações, não se esqueça de colocar o papel químico de costura por debaixo do molde.

COSTURA À MÃO

A costura à máquina não substitui completamente a costura à mão. Pelo contrário, os pontos à mão são indispensáveis em quase todos os tipos de confecções.

A costura à mão é muito necessária para alinhavar uma peça e traçar as linhas condutoras da costura à máquina e existem muitos tipos de acabamentos que exigem que a costura seja finalizada à mão.

Para começar a costura à mão, poderá necessitar de fazer um com os seus dedos, na extremidade do fio com que vai coser. Muitas vezes o nó é substituído por um pequeno número de pontos atrás (sobrepostos) que para além de evitarem que o fio se solte do tecido, disfarçam a saliência no tecido formada pelo nó.

A costura à mão deve ser feita pelo lado avesso do tecido e, habitualmente, é feita da direita para a esquerda.

Os pontos devem ser escolhidos de acordo com o objectivo final que se pretende mas tendo sempre em consideração o tipo de tecido que vai trabalhar. Entre os pontos mais utilizados na costura à mão estão os pontos: de alinhavo; atrás e de cobertor.

ALINHAVAR

Os alinhavos são pontos de marcação. Aplicam-se este pontos para fazer as costuras provisórias, para unir duas ou mais parte de um tecido,  para marcar a localização de bolsos, para criar as pregas, entre outras. Muitas vezes utiliza-se um fio de cor diferente da costura que será permanente para ser mais fácil de identificar e  poder removê-los.

PONTO ATRÁS

Este ponto permite fazer costuras resistentes e é o ponto mais indicado a ser feito se fizer uma peça toda cosida à mão. É, geralmente, utilizado para contornar em linhas rectas.

Tente sempre fazer os pontos com o mesmo comprimento e de preferência curtos.

PONTO DE COBERTOR

Este ponto é muito utilizado para fazer o caseado em torno da orla de um tecido.

Se estes pontos forem feitos muito juntinhos, chama-se o ponto de casear e é muito utilizado para casear casas de botões ou margens de tecidos, criando uma margem firme.

NOTA: todos estes pontos são também muito utilizados no bordado.

COSTURA À MÁQUINA

Existem muitos tipos e marcas diferentes de máquinas de costura no mercado mas o princípio por trás do seu funcionamento é basicamente o mesmo para todas elas.

A máquina sozinha não faz todo o trabalho de costura, é necessária também uma boa sincronização entre as suas mãos e o(s) seu(s) pé(s) e que seja respeitada toda a sequência de passagem do fio até ao ponto da costura no tecido. Esta sequência vai criar a tensão necessária para formar pontos perfeitos e uniformes.

Então, e antes de dar qualquer passo, consulte a manual de instruções da sua máquina e conheça bem o nome das principais partes que a constitui e a sua funcionalidade.

Fica aqui apenas uma imagem ilustrativa das partes que constituem uma máquina de costura e a sua localização.

Agora que já conhece a sua máquina, terá que proceder ao enrolamento da bobina e à sequência de passos que representam o enfiamento de linha na parte superior e na parte inferior.

ENCHIMENTO DA BOBINA

A bobina (pequeno “carrinho de linhas”)  fornece a linha para executar a parte inferior de cada ponto.

O enchimento da bobina é feito, habitualmente, algures na parte exterior da máquina de costura. Consulte o seu livro de instruções para descobrir onde deve cumprir esta etapa.

Encha a bobina de modo uniforme, garantindo que a linha se distribua do mesmo modo em todo o seu comprimento.

Depois de cheia, coloque a bobina na respectiva caixa da bobina que, normalmente, se encontra logo abaixo da chapa metálica onde o pé calcador executa a parte superior dos pontos e faça sair a linha pela ranhura dessa caixa.

ENFIAMENTO DA LINHA SUPERIOR

Aqui se apresenta uma forma simplificada de como fazer o enfiamento da linha superior.

Mas, como cada máquina tem a sua sequência, certifique-se onde se encontram exactamente estas partes da máquina que garantem a perfeita sequência do enfiamento da linha e mantêm a linha na tensão perfeita para executar os pontos.

ENFIAMENTO DA LINHA INFERIOR

  1. Segure a linha que se encontra já posicionada na agulha. Com a outra mão, faça girar o volante de modo a baixar a agulha o mais possível até à bobina.
  2. Depois volte a girar o volante mas no sentido contrário, fazendo a agulha elevar-se ao seu ponto mais alto – nesta fase a agulha deverá trazer consigo uma laçada de linha da bobina.
  3. Puxe pela laçada de linha de modo a encontrar a ponta da linha e depois puxe mais um pouco da mesma para, também aqui, deixar um pequena ponta solta de pelo menos 10 cm.
  4. Fazendo passar ambas as pontas soltas por baixo do pé calcador, puxe-as para trás pela sua direita.

Até conseguir encontrar a tensão da linha perfeita e a força ideal exercida sobre o pedal, pratique com alguns trabalhos de menor importância ou com retalhos sem utilidade.

FECHOS
Os fechos são parte integrante de quase todas as peças de vestuário e outras. Os tipos de fechos mais utilizados são os:

  • colchetes – de gancho ou de mola;
  • fita de velcro;
  • botões – de orifícios (2 ou 4 furos) ou de pé (com orifícios ou forrados com tecido);
  • fecho éclair (ou zíperes) – metálicos ou de nylon.

COLCHETES

São fechos com um sistema macho e fêmea. Os de gancho aplicam-se quando se quer que a peça feche num determinado ponto mas que não se vejam os fechos, isto porque os colchetes de gancho são quase sempre cosidos no lado avesso das peças. Nos colchetes de mola, a pressão exercida no fecho é maior, fazendo com que estes se abram com menor facilidade que os de gancho.

FITA DE VELCRO

Também corresponde a sistema macho e fêmea. A fita é composta por duas partes que “encaixam” uma na outra. São cosidas na peça de modo a ficarem paralelas uma à outra e quando pressionadas, uma contra a outra, as suas formas “encaixam-se”.

BOTÕES

Os fechos com botões exigem que exista uma “casa” onde estes ficam presos. Os botões com orifícios exercem uma maior pressão sobre a casa que os botões de pé. Os botões escolhem-se segundo o gosto pessoal (quantos mais orifícios – mais preso fica ao tecido), com a pretensão de combinar ou contrastar com a peça elaborada, já que este tipo de fechos fica quase sempre visível. Os botões de pé podem ser botões forrados com tecido, criando a possibilidade de forrar com o mesmo tecido do resto da peça.

FECHO ÉCLAIR

É um fecho composto por dois trilhos dentados que se unem por meio de um cursor. Um dos primeiros aspectos a considerar é o tipo de material onde o fecho vai ser aplicado, sendo que os fechos de nylon são mais versáteis e os fechos metálicos aplicam-se mais a tecidos mais pesados. Outro aspecto a considerar é o tipo de fecho que se aplica à peça em questão pois existem fechos que possuem um “travão” e só abrem até um determinado limite e existem fechos que abrem completamente, separando duas partes da peça nesse ponto.

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OUTRAS TÉCNICAS

PATCHWORK

O patchwork refere-se a um tipo de trabalho de costura em que se combinam retalhos de tecidos de várias cores ou estampados, criando variados efeitos visuais. Embora seja comummente usado para fazer colchas, o patchwork também se pode aplicar em peças como saias, malas, etc.

Os patchworks mais simples são compostos por retalhos com a mesma forma e os mais complexos são compostos por retalhos de vários tamanhos e formas diferentes. Podem também fazer-se aplicações de tecidos sob a forma de objectos estilizados. Dependendo do padrão que escolher para fazer o seu trabalho, poderá aplicar-se melhor a costura à mão ou a costura à máquina.

DESENHAR UM PADRÃO

Antes de começar e de comprar o tecido, defina que padrão quer fazer e calcule quantas peças necessitará para fazer a peça do tamanho que deseja. Nesta fase deverá também ter em consideração as cores que vai aplicar e o respectivo efeito em que essa combinação irá resultar.

A melhor forma de visualizar o padrão, com as suas cores e feitios, é fazer pequenos esquemas em folhas de papel quadriculado. A partir destes esquemas é que poderá melhor traçar um plano daquilo que precisa para fazer o seu trabalho. Exemplo:

CONSTRUIR OS MOLDES

Depois de ter delineado o seu padrão, vai ter que construir os moldes, em papel, que irão constituir o modelo desse mesmo padrão.

Para isso irá necessitar de instrumentos de medição. Para figuras de linhas rectas (quadrados, triângulos…) use régua e esquadro. Para figuras curvas use compasso e transferidor.

Para criar os escantilhões (moldes) terá que proceder aos seguintes passos:

  1. desenhar em papel quadriculado e no tamanho real, o conjunto de figuras que correspondem ao modelo que escolheu para criar o padrão que deseja;
  2. recortar, cuidadosamente, todas as formas que constituem esse modelo;
  3. trace o contorno das figuras anteriormente recortadas sobre um papel grosso e recorte estas figuras – estas corresponderão aos escantilhões de marcação;
  4. volte a usar as figuras recortadas no passo 2, voltando a colocá-las sobre um novo papel grosso. Neste papel deverá desenhar novamente as mesmas figuras mas desta vez após traçar uma margem de acrescento de 0,5 cm em torno de todas elas – estas figuras corresponderão aos escantilhões de corte.

NOTA: em alternativa aos escantilhões de marcação e de corte faça um molde com uma janela (inclui o tamanho real e a margem dentro do mesmo molde!).

Marque o tecido com um lápis ou com giz de alfaiate.

COSTURA DAS PEÇAS

A costura das peças de patchwork obedece a uma ordem sequencial que deve ser predefinida inicialmente. Por isso, antes de começar a costurar, faça um esquema à mão de como será a ordem que deverá seguir.

Também necessita saber previamente que tipo de costuras fará, onde aplicá-las e como serão feitas, se à mão ou à máquina.

A forma como serão feitas as costuras vai depender das formas e dos motivos. Antes de juntar as peças necessita deixá-las prontas, dobrando as margens e alinhavando-as para trás. Para lhe facilitar esta tarefa, centre o escantilhão de marcação e fixe-o no centro do tecido com um alfinete (no lado avesso). Com as margens voltadas, passe-as a ferro para que fiquem vincadas ou alinhave-as.

A junção das peças pode ser feita em carreiras, em secções (pavimentos) ou numa peça única.

ACOLCHOADOS

Os acolchoados dizem respeito a uma uma técnica de lavores que consiste em preencher com um enchimento entre duas partes de tecido.

Para que este enchimento fique fixo no interior destas das partes, fazem-se pontos por forma a unir as duas partes e a criar um determinado motivo.

TECIDO

Para a camada superior do acolchoado, escolha tecidos leves, com uma espessura média e opacos (ex: popelina, pano de lençol, etc). Este tipo de tecidos facilita a tarefa de criar um motivo com pontos corridos de modo a que fique perceptível.

A camada inferior do acolchoado já não é necessário que seja tão leve como o tecido da camada superior. Pode até ser diferente na cor ou no estampado, de acordo com os seus gostos.

ENCHIMENTO

O enchimento dos acolchoados pode ser de origem natural (ex: algodão ou lã) ou de origem sintética (poliéster).

Qualquer um deles torna o acolchoado quentinho mas quando tiver que optar, não se esqueça de ter em consideração o uso que irá dar à peça e as vezes que irá necessitar lavar. Normalmente, os enchimentos de origem natural tendem a deformar-se com o uso e os de origem sintética mantêm a forma mais facilmente.

MOTIVOS

Os motivos desenhados sobre um acolchoado podem ser “mais que muitos”!

No entanto, pode fazer um acolchoado:

  • contornando motivos já existentes no tecido da camada superior (ex: patchwork). O contorno destes motivos fará com que o esquema escolhido sobressaia mais.
  • fazendo motivos geométricos sobre o tecido, usando pontos corridos (ex: quadrados – desenhados a partir de linhas horizontais ou diagonais).
  • desenhando, através de pontos, figuras estilizadas (ex: flores).

Mas antes de desenhar o motivo sobre o tecido, passe-o bem a ferro e, de seguida, determine o centro do tecido (marque este ponto com alguns alinhavos à mão com uma cor de contraste).

Esquematize o motivo que quer criar num papel e certifique-se que as medidas de tecido que possui são as necessárias para desenhar esse mesmo motivo. Depois de se certificar que tem tecido que chegue e que este está bem esticado, transfira o motivo que escolheu para o seu tecido (com papel químico de costureira+lápis ou stencil+giz de alfaiate, ou outros utensílios de marcação).

COSTURA

Os acolchoamentos podem ser cosidos à mão ou à máquina.

A costura à mão é preferencial quando se tratam de colchas grandes pois o volume da peça irá tornar difícil de a manobrar sobre a máquina. Na costura à mão é necessário tentar fazer pontos pequenos e o mais uniformes possível no que respeita ao seu comprimento. Use agulhas compridas e escolha a sua espessura de acordo com o tecido que vai usar. Não use fios com mais de 50 cm cada, a fim de evitar que se esteja sempre a emaranhar.

A costura à máquina, uma vez que produz pontos mais precisos, aplica-se para fazer peças pequenas de acolchoados ou então acolchoados feitos em partes ou em blocos.

MARGENS

As margens dos acolchoados podem ser feitas de variadas formas mas as mais utilizadas são:

  • as margens onde se cria uma orla em torno do tecido da camada superior a partir do tecido da camada inferior – neste caso é necessário que o tecido da camada inferior seja maior que o da camada superior;
  • as margens de ambos os tecidos são voltadas “de face” uma para a outra.

Breve história do bordado

A origem da arte de bordar sobre tecidos não é perfeitamente conhecida mas tudo leva a crer que tenha tido início na China. No entanto, sabe-se que, apesar de na actualidade estar conotada a uma prática feminina, foi inicialmente uma arte masculina.
Um pouco por todo o Mundo, o bordado tem sido referenciado, bibliograficamente, desde a Antiguidade.
Tornou-se um tipo de artesanato próspero em várias regiões do Mundo e, tendo sido interpretado de diferentes formas pelos seus povos, tornando possível identificar a sua origem de acordo com as suas características.
Z

MATERIAIS E UTENSÍLIOS

UTENSÍLIOS PARA BORDAR

Para dar início ao seu bordado, terá que possuir necessariamente uma agulha de bordar. As agulhas para bordar caracterizam-se por o buraco onde passa o fio ser mais alongado que o das agulhas padrão. Estas podem apresentar diversas espessuras e tamanhos que deverão ser escolhidos de acordo com o trabalho que irá executar.

Para além do essencial, também necessitará de uma tesoura de pontas.

Se for bordar a partir de um decalque, necessitará de um papel químico específico para tecido e que seja adequado à cor do tecido (escuro para tecidos claros e claro para tecidos escuros).

Um utensílio muito útil nesta prática é o bastidor, que permite esticar o tecido no ponto onde quer bordar. Existem bastidores de variados materiais e tamanhos.

Utensílios Bordado
Tecidos Bordado

TECIDOS PARA BORDAR

Não existem tecidos específicos para bordar porque na verdade qualquer material é passível de ser bordado, desde que seja suficientemente firme para segurar os pontos.

É claro que existem tecidos que se adequam mais a esta prática e outros são específicos para um determinado tipo de ponto (como é o caso dos tecidos reticulares, normalmente usados para fazer ponto de cruz ou de tapeçaria), mas é possível bordar em quase todo o tipo de tecido. Inclusivamente, podem bordar-se em cima de peças de crochet ou tricot.

Dependendo do seu objectivo final, deverá escolher um tecido que se adeqúe àquilo que pretende bordar.

FIOS DE BORDAR

Os fios de bordar podem ser de origem animal, vegetal ou ser fios sintéticos. Estes podem também ser feitos de combinações de fibras. Deverá escolher fios que se adequam ao tecido que pretende bordar e a agulha deve também ser a indicada para o tipo de fio.

Existe uma infinidade de cores de fios para bordar e é este facto que permite criar bordados muito realistas.

Cada marca de fios tem o seu próprio código de cores. Muitas vezes irão aparecer esquemas com os códigos correspondentes às cores que deverá bordar num determinado ponto e, normalmente, dirá também qual a marca a que esses códigos pertencem.

Estes fios podem ser comprados tanto na forma de novelo como na forma de meada e vêm acompanhados por um rótulo. O rótulo contém informações sobre o peso, o comprimento, a composição e o código associado à cor (que depende da marca).

Linhas Bordado



NOTAS DO BORDADO

NOTA 1

Sobre os Pontos

Existe uma quantidade gigantesca de pontos de bordado. Por serem tão numerosos, estes agrupam-se de acordo com o seu efeito e aplicação.

Assim, existem pontos de contorno, pontos rectos, pontos de laçada, pontos de cadeia, pontos de nó, pontos de cobertura, pontos compostos, pontos de entremeio, pontos de hardanger, pontos de tapeçaria e pontos ajourados.

No bordado, distingue-se também o bordado livre (trabalhado sobre um motivo riscado ou um decalque no tecido) e o bordado sobre fios contados (trabalhado sobre um número exacto de fios, pela contagem de fios do próprio tecido).

NOTA 2

Técnica Manual

Não deverá puxar o fio com demasiada firmeza. Exerça apenas a tensão necessária, ao puxar o fio, para que os pontos não fiquem muito apertados junto ao tecido e o deformem. Deve usar fios que não excedam os 50 cm pois, como o fio irá ser puxado várias vezes através do tecido, este tem tendência a desfiar-se e a enrolar-se.

Outro aspecto a ter em consideração é a necessidade de esticar bem o tecido no ponto onde estiver a bordar e para isso deverá fazer uso de um bastidor. Mas, apesar deste servir para esticar o tecido, deve colocá-lo com o máximo cuidado para não danificar nem o tecido nem mesmo o bordado.

Tente bordar num lugar que seja bem iluminado pois, por se tratar de um trabalho de minúcia, faz “cansar” a vista!

NOTA 3

Cuidados do Bordado

Não são raras as vezes em que o bordado, na lavagem ou apenas com o passar do tempo, desbota para o tecido na área circundante ao bordado, especialmente as cores mais escuras. Mesmo quando se trata de um bordado encerrado numa moldura. Mas, também pode acontecer o contrário e ser o tecido a desbotar para o seu bordado.

De ambas as formas, antes de emoldurar o seu bordado ou de o pôr a uso, lave a peça à mão com produtos concebidos para roupas delicadas e com água fria ou tépida. Uma vez lavada, estique a peça e enrole-a numa toalha para absorver o excesso de água. Depois de seca, passe-a a ferro com o bordado virado para baixo e cubra a peça com um pano de passar.

Tenha também em atenção que se o seu bordado ficar exposto a uma luz solar intensa (ex: cortinas), a cor deverá perder, naturalmente, a sua intensidade.

N

BÁSICO DO BORDADO

Como referido anteriormente, existem centenas de pontos diferentes para bordar, que resultam em variados efeitos. Aqui ficam alguns dos pontos mais comummente utilizados no bordado e, a partir destes, poderá começar alguns trabalhos e explorar outros pontos.

PONTO DE CETIM

O ponto de cetim (também conhecido por ponto cheio) é um ponto de preenchimento. O efeito de preenchimento uniforme só é possível se fizer pontos curtos pois pontos longos tendem a ser puxados. Assim, tente fazer os pontos não muito compridos e se a área do desenho traçado for grande, divida-a em partes mais pequenas.

Poderá também fazer algumas variações a este ponto, fazendo-o apresentar um efeito de relevo. Para isso, terá que alinhavar o contorno do desenho, por baixo do ponto de cetim.

NOTA: Inicie e remate o bordado, disfarçado alguns centímetros do fio por baixo do mesmo.

PONTO DE CRUZ

Este ponto é formado por dois pontos rectos cruzados um em cima do outro, podendo variar o ângulo entre os mesmos. Para que no final do seu trabalho, o conjunto de pontos apresente um aspecto harmonioso deverá tentar cruzar os pontos sempre do mesmo modo. Antes de começar, defina onde deverá começar no tecido, contando o número de pontos (horizontais e verticais) que tem a figura que irá bordar para garantir que não ficará cortada ou fora do lugar.

Tome nota que antes de iniciar um trabalho em ponto cruz deverá certificar-se que o motivo que pretende bordar vai caber no espaço que dispõe. O espaço para este tipo de bordado já está predefinido sabendo que cada cruz formada por um ponto corresponde a dois “furos” seguidos (em ambas as direcções) e assim, deverá contar no esquema que dispõe, o número de pontos que terá que fazer e depois contar grupos de dois “furos” no tecido. Outro aspecto importante é centrar o motivo, principalmente quando pretende fazer um quadro! Se já tiver a certeza que no tecido que dispõe vai caber o motivo que quer bordar, pode centralizar o trabalho dobrando o tecido em quatro partes e fazendo uma vinca no bico que corresponde ao interior do tecido, ficará a saber onde é, aproximadamente, o seu centro. Comece a bordar nesse mesmo ponto o centro do motivo.

NOTA: Inicie e remate o bordado, disfarçado alguns centímetros do fio por baixo do mesmo.

PONTO DE CADEIA

O ponto de cadeia é um ponto muito utilizado como forma de contorno mas também pode ser usado para preencher uma determinada área do desenho.

Tente fazer os pontos curtos e mais ou menos do mesmo comprimento.

NOTA: Inicie e remate o bordado, disfarçado alguns centímetros do fio por baixo do mesmo.

PONTO DE HASTE

Assim como o ponto de cadeia, também o ponto de haste é um ponto de contorno e também ele pode ser utilizado como preenchimento. Mas o seu efeito visual é diferente.

Também neste caso, tente fazer pontos curtos e aproximadamente do mesmo comprimento.

NOTA: Inicie e remate o bordado, disfarçado alguns centímetros do fio por baixo do mesmo.

PONTO DE NÓ
Este ponto (também conhecido por nozinhos franceses) serve para criar uma determinada textura no seu bordado. São pequenos pontos em alto relevo que dão outra dimensão ao bordado.

NOTA: Inicie e remate o bordado, disfarçado alguns centímetros do fio por baixo do mesmo.
L

OUTRAS TÉCNICAS

BORDAR TAPEÇARIA

A tapeçaria bordada é uma técnica artesanal já muito antiga. Existem, espalhadas um pouco por todo o mundo, várias relíquias destes artefactos que testemunham este trabalho artesanal feito pelos nossos antepassados. Um desses exemplares é a famosa tapeçaria de Bayeux, que remonta ao século XI e conta um evento importantíssimo da história daquele lugar em lã.

Os bordados em tapeçaria executam-se, normalmente, sobre talagarça, juta ou serapilheira e existe uma variedade de pontos de bordado que são aplicados, como por exemplo ponto florentino ou o ponto gobelin.

Mas há um ponto que nos é familiar por ser proveniente de uma freguesia portuguesa que lhe dá o nome: o ponto de Arraiolos.

Este ponto é uma versão do ponto cruz, que se distingue apenas no modo como se cruzam os pontos rectos e no espaçamento entre eles. Assim, a cruz correspondente ao ponto de arraiolos, apresenta a mesma altura mas não o mesmo comprimento.

Tanto no início como no remate, disfarce o fio por baixo de uns 4 pontos de arraiolos.

Chamaremos ao tipo de material que utilizar de tela. Assim, determine o centro da sua tela e, com um lápis de carvão, marque os eixos em todo o seu comprimento e largura. Conte os pontos e certifique-se que o tapete que pretende fazer “cabe” no tecido que tem, contando com uns 20 a 25 cm de folga que deverá deixar, em toda a volta, para depois fazer a bainha.

Este tipo de bordado compreende seis etapas distintas e sequenciais:

1º bordar os contornos do tapete, em todo o comprimento e em toda a largura;

2º bordar os contornos dos motivos decorativos do tapete;

3º bordar de forma a preencher os motivos decorativos que foram anteriormente contornados;

4º preencher, bordando os espaços entre os motivos (nota: sempre na horizontal);

5º humedecer e esticar bem o tapete, deixando que este seque numa superfície lisa;

6º depois de seco, fazer a bainha a toda a volta, eliminando o excesso de tela e aplicar a franja (se for o caso).

BAINHAS ABERTAS

O ponto Ajour é o ponto utilizado para fazer a base daquilo a que chamamos de “bainhas abertas”. Estas consistem numa forma de trabalhar os fios da urdidura e da trama que compõem um tecido, criando efeitos muito simples ou bastante complexos.

Designa-se por bainhas porque, normalmente, estas são trabalhadas a partir da costura dobrada em torno das extremidades do tecido. Mas, estas também podem ser feitas em outras partes do tecido e de variadas formas.

Antes de começar a trabalhar a bainha aberta, tem que medir a toda a volta do tecido, a margem que quer deixar e,  logo de seguida, a altura da barra que quer fazer. Para abrir essa mesma barra, terá que cortar (cuidadosamente!!!) um determinado número de fios da trama ou da urdidura do tecido (normalmente linho) e puxá-los de forma a criar uma barra de fios “soltos” dispostos na vertical (esta operação tem que ser feita com muito cuidado para não cortar ou romper fios que não era suposto serem cortados).

Agora, com os fios todos puxados, já se podem começar a trabalhar as “bainhas abertas”. Como foi dito, anteriormente, o ponto Ajour é o ponto base das bainhas abertas. Este ponto, bordado na parte mais externa da barra construída, para além de criar o efeito pretendido, vai também servir de costura para a margem do tecido (não chamei bainha para que não se confunda com a bainha aberta). Assim, alinhave a margem do tecido e faça o ponto Ajour de modo a unir a margem à barra desfiada.

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PROJECTOS DE BORDADOS

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Parabéns pelo blog! Está bem organizado, as fotos são elucidativas e tem explicações claras e simples.

Hélia Avelino

Parabéns pela idealização desse site muito útil.

Rosilda

Estou aprendendo pontos novos, e adorei a publicação.
Muito grata por compartilharem.

Tânia Faber

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